"[...] Este relatório apresenta uma síntese das principais narrativas monitoradas pela Casa Galilei em perfis de redes sociais, no período de 25 de Setembro a 30 de Outubro, portanto o período da realização desta primeira sessão. Utilizando palavras-chaves relacionadas ao Sínodo, nos debruçamos sobre postagens em redes sociais para identificar e analisar as principais estratégias discursivas de influenciadores, lideranças religiosas e políticas, grupos e instituições católicas no Facebook, Instagram e YouTube, páginas e canais que produzem conteúdos sobre catolicismo, que abordaram a agenda sinodal. Apesar de encontrar eco em muitas comunidades, bispos, sacerdotes, religiosas/os, leigas/os e organizações católicas, nossas análises indicam que existem movimentos fortes de resistência ao Sínodo, com capacidade para mobilizar pessoas, paróquias e comunidades para oposição radical a qualquer reforma proposta pelo Sínodo ou pelo Papa Francisco. Por outro lado, percebemos que existe uma percepção na sociedade civil, na imprensa e em outras instâncias, de que o Sínodo é apenas um evento interno da Igreja Católica, quando na verdade os debates podem ter influência profunda em questões sociopolíticas, ambientais e culturais do conjunto da sociedade. Temas como racismo, xenofobia, desigualdade, violência sexual, violência contra as mulheres, a pobreza e as mudanças climáticas foram debatidos pelos participantes e estão apresentadas no Relatório Síntese da primeira sessão do Sínodo. Nesse sentido, fortalecer o processo sinodal e construir outras narrativas para mobilizar as comunidades católicas é uma oportunidade de ampliar a participação e a presença de comunidades católicas no fortalecimento da democracia, da promoção de direitos humanos e justiça socioambiental." (Apresentação, paginas 5-6)